Assistindo o Dia de Campo Nelore ZAN, dia 25 pp., no canal do Boi, foi apresentada aos profissionais ligados à indústria frigorífica, a pergunta: qual seria o boi ideal?
O boi ideal descrito pelo Fernando Saltão do JBS, naturalmente, estava conforme os parâmetros de lucratividade de um frigorífico.
No entanto, para o pecuarista, o boi ideal tem conotações diversas.
Qual é o modelo de animal – o boi ideal – que agrega maior margem de lucro para o criador na hora da venda ao frigorífico?
O boi de 20 arrobas (que para o frigorífico seria ideal), mas que tem um custo de produção equivalente a 19 arrobas, deixando ao criador uma arroba de lucro por boi vendido?
Ou um boi de 16 arrobas, com bom rendimento e acabamento precoce de sua carcaça conseguida numa dieta a pasto, que tem seu custo de produção equivalente a 14 arrobas, com lucro de duas arrobas por boi vendido?
Essa perspectiva de foco no negócio do pecuarista não pode ser ignorada, e as próprias DEPs devem estar informadas por parâmetros econômicos. O importante é o resultado final: maior renda líquida por unidades produzidas.
“O melhoramento genético só cumpre sua função se gerar bons dividendos para quem o utiliza”.
Estou interessado em 100 novilhas a ponto de encherto/ se tem qual o preco aguardo
resposta obrigado
Caro amigo José,
Realmente o debate realizado na Fazenda Bonsucesso foi para todos de grande valia. Acredito que quando se fala em boi ideal, devemos perguntar: Ideal, pra que? Temos um universo diverso, em relação a sistemas de produção e terminação, genética, comercialização e mercados para onde esse boi será, após “desmontado”, enviado.
Claro que a resposta mais óbvia para a pergunta é: O boi ideal é o que deixa maior lucratividade! Para quem? E por aí se iniciam novos questionamentos.
Acredito que estamos vivendo um momento oportuno para discutirmos, produtivamente, toda a cadeia da carne. Por exemplo, de que adianta, termos um boi “ideal” para a produção e industria, porém com resíduos de medicamentos, tendo sua carne rejeitada, com comprometimento e restrição em diversos mercados.
É oportuno que TODOS, os interessados no NEGÓCIO CARNE (Produtores, entidades de classe, Frigoríficos, Indústrias de produtos para genética e saúde animal, defensivos, distribuidores, etc) se dediquem a um discurso ativo e constante em prol de todo o setor.
Estou a disposição para contribuir,
Fernando